Grace Kelly

O que têm em comum Mika, Hermès e o Mónaco?
Nada mais, nada menos do que uma diva do cinema de Hollywood_ Grace Kelly, a própria.

Teresa e eu...

Teresa Salgueiro lançou um novo albúm! Mas desta vez, a "minha" voz preferida embarca numa aventura a solo. Embarcar é, de facto, o verbo mais apropriado porque Teresa Salgueiro atravessa o Atlântico e funde a sua voz com alguns clássicos da MPB. O resultado não podia deixar de ser surpreendente, doce, sensualmente melódico, a harmonia perfeita para as noites estivais que se aproximam. Um canto à felicidade e ao amor, às coisas simples da vida, com a alegria contagiante dos belíssimos poemas de Vinicius de Moraes, António Carlos Jobim, Chico Buarque, Ary Barroso, entre outros grandes compositores brasileiros. "Você e Eu" conta com a colaboração do Septeto João Cristal e constitui uma prova da versatilidade de Teresa Salgueiro, que explora a sua capacidade e potencial interpretativo, transportando-nos para o seu universo de nostalgia contida e beleza insuperável. As sensações afloram à pele, vemos a chuva cair na roseira e sentimos saudades da Bahia, sem nunca lá ter estado... Voamos sobre o Corcovado, fascinamo-nos com a paisagem poética e assomamo-nos à janela para ver a banda passar no final do dia, com vista para um oceano de tranquilidade e contemplação da alma. Uma verdadeira maravilha!

Hedi Slimane a solo?

Estão de relações cortadas oficialmente! Hedi Slimane, até agora criativo da Dior Homme abandona o seu cargo. Lembremos que Slimane foi o principal impulsionador das mudanças feitas na casa Dior, revigorando o vestuário masculino. As criações deste designer surpreenderam os mais conservadores "senhores" que vestiam os "velhos" fatos de caxemira. Com uma incursão no universo trash punk e a contemporaneidade e originalidade dos seus acessórios, Slimane conseguiu como ninguém levar os homens a sonhar com o que mais perto estava da couture masculina. Bordados e brilhos em perfeita sintonia com um sport chic fazem dele um dos preferidos do próprio Karl Lagerfeld. Transformou o que era pesado e monótono no chic cool. Uma perda insubstituível para os patronos do grupo LMVH à qual pertence a Dior.

Será que Hedi Slimane nos vai continuar a fazer sonhar com o luxo?

Levamos McQueen de viagem

Alexander McQueen e a Samsonite em parceria no must have hit da estação.

Ainda não tivemos tempo de descansar a vista desde que vimos as surpreendentes carteiras que Marc Jacobs idealizou para a Louis Vuitton (entre elas está a carteira mais cara do mundo) e já somos surpreendidos por mais um objecto de desejo.

A Samsonite vem, desde há um par de anos, estabelecendo parcerias com designers na concepção de malas para a sua Black Label. Depois de Mathew Williamson é a vez de outro inglês maravilhar o mundo da moda com um pouco do seu universo. É que Alexander McQueen não se limita a um conceito, reinventa-se a si próprio e transcede o imaginário das viagens. O universo gótico alia-se à magia dos anos dourados do cinema de Hollywood para fazer sonhar o viajante mais fashion.

As formas orgânicas e viscerais adaptam-se perfeitamente à bagagem mais desejada, conjugados na nobreza dos materiais utilizados. A Novak (homenagem à acrtiz Kim Novak) surge reinventada num necessaire e a publicidade fala por ela mesma, Alexander McQueen emerge das águas azuis de uma qualquer ilha enquanto um trolley em forma de tórax o espera na areia. Uma alusão estratégica e conceptual a um McQueen Lost numa estória interminável para nos fazer sonhar.

Maravilhosamente Bausch

Fui ver a peça "For the Children of yesterday, today and tomorrow".

O minimalismo dos elementos escenográficos contrastava com o colorido do guarda-roupa exímio, abientando o dia, a noite, diferentes épocas e locais, alargando o conceito de partilha. A selecção musical variada faz o espectador viajar através do tempo.

O mote das crianças serve, nesta composição, como um elemento de desconstrução de nós próprios, onde a exploração individual do corpo de cada bailarino nos remete para a nossa experiência pessoal. A diversidade de bailarinos evidenciada pelo tipo de corpo, a idade e a etnia ajudam a compôr o essencial da peça, que prima pela repetição do movimento e os diálogos teatralmente desconcertantes. A conjugação destes elementos evideciam uma magistral capacidade interpretativa. Uma Pina Bausch intimista, mas longe da revolta interior e crítica social que caracteriza a sua obra.